Complicações

Complicações e esclarecimentos

Como diagnosticar uma gravidez anembrionária

O diagnóstico da gravidez anembrionária acontece através do ultrassom transvaginal que é realizado no primeiro trimestre, geralmente por volta da 7ª semana de gestação, em que é avaliado o saco gestacional.

Como a partir da 5ª semana já é possível visualizar o embrião dentro do saco gestacional, quando o saco gestacional está vazio é sinal que gravidez anembrionária.

Quais os sintomas da gravidez anembrionária?

Geralmente a gravidez anembrionária não apresenta qualquer sintoma como sangramento, por exemplo, e a mulher pode continuar com todos os sintomas normais de gravidez.

Em alguns casos os níveis hormonais começam a diminuir e os sintomas de gravidez também começam a desaparecer, como enjoo, sensibilidade nos seios ou sonolência.

Como descobrir se minha gravidez é anembrionária

Durante o exame de ultrassonografia o médico avalia algumas características do saco gestacional. Se o saco gestacional possui mais do que 25mm e não houver sinal do embrião dentro dele, provavelmente o diagnóstico será de gravidez anembrionária, também chamada de ovo cego.

Se o saco gestacional tiver medida inferior a 25mm, é possível que sua gravidez seja mais recente do que você imaginava (ovulação tardia) e você deverá repetir o ultrassom, geralmente 1 ou 2 semanas, para tirar a dúvida.

Minha gravidez é embrionária, e agora?

Em muitos casos o corpo da mulher leva um tempo para identificar que o saco gestacional está vazio e os níveis hormonais diminuem de forma lenta podendo demorar semanas para que o aborto espontâneo se inicie. Neste caso o médico poderá pedir para você aguardar alguns dias e, caso não inicie o aborto espontâneo, você pode precisar de algum procedimento cirúrgico como curetagem ou aspiração uterina.

Se você já apresentou sangramento, vale a pena aguardar alguns dias para que o aborto espontâneo aconteça. Caso demore a acontecer, a curetagem ou aspiração uterina será necessária.

Após o aborto espontâneo ou procedimento cirúrgico, em algumas semanas você voltará a menstruar normalmente e, conforme orientações do seu ginecologista, estará liberada para engravidar novamente.

Um dado positivo é que a maioria das mulheres que passam por uma gravidez anembrionária conseguem uma gravidez normal na segunda vez.

Tive gravidez anembrionária, sou infértil ou posso ter filhos?

A maioria das mulheres que passam por uma gravidez anembrionária conseguem uma gravidez normal no futuro.

Porém se você tem mais de 35 anos ou é tentante a mais de 1 ano, a dica é procurar por um médico especialista em fertilidade humana para que você e seu parceiro sejam examinados e aumentem suas chances de engravidar.

 A pré-eclâmpsia ou toxemia gravídica é um distúrbio que afeta cerca de 5% das gestantes. Esse distúrbio consiste numa elevação da pressão arterial causada pela gestação que pode ocorrer após a 20ª semana, porém é mais comum no terceiro trimestre.

Sintomas da pré-eclâmpsia:

As causa exatas desse distúrbio ainda são desconhecidas, porém ela pode progredir lentamente ou rapidamente e alguns sintomas podem ajudar a diagnosticá-la (apesar de em alguns casos ela ser assintomática):

  • aumento da pressão arterial;
  • visão turva, dupla ou com manchas;
  • aumento excessivo de peso;
  • inchaço e perda de proteína pela urina;
  • Em casos mais graves ela pode causar desmaios, convulsões, sangramento vaginal e até coma.

Infelizmente não há uma forma eficaz de prevenir a pré-eclâmpsia, por isso a importância de realizar todas as consultas e exames pré-natais e sempre procurar o médico ao sinal de qualquer desconforto.

Incidência:

Apesar das causas serem desconhecidas, alguns fatores pode contribuir para o aparecimento da pré-eclâmpsia, são eles: hipertensão arterial antes da gravidez, gestação de múltiplos bebês, gestação após os 38 anos e antes dos 18 anos, lúpus, diabetes, obesidade, problema renal e histórico familiar das doenças relacionadas nesse tópico.

Riscos:

As consequências da pré-eclâmpsia são diversas, entre elas está a diminuição do fluxo sanguíneo na placenta que acarreta problema no desenvolvimento do bebê.

Em casos mais graves a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, em que a pressão arterial sobre drasticamente, trazendo risco não só para o bebê, mas também para a gestante. A eclâmpsia pode ocorrer nas semanas finais da gestação ou logo após o parto.

Recomendações:

Caso a gestante seja diagnosticada com pré-eclâmpsia ela deverá fazer repouso e diminuir a ingestão de sal, as consultas acontecerão em intervalos menores para que o médico possa avaliá-la com frequência, verificar a pressão arterial, além de solicitar alguns exames para verificar a perda de proteínas pela urina e funcionamento de alguns órgãos como fígado por exemplo.

Havendo o aumento da pressão arterial o médico poderá receitar medicamentos que não fazem mal ao bebê. Para casos mais graves um anticonvulsionante poderá ser indicado.

O feto também será monitorado para avaliar placenta, tamanho, peso e líquido amniótico. Em alguns casos em que a vida da gestante ou do bebê corre risco de morte o médico decidirá pelo parto, mesmo que prematuro. O parto poderá ocorrer por indução ou por cesárea. Após o parto a mamãe continuará em observação por uns dias no hospital e depois a situação tende a melhorar, pois com a retirada da placenta a doença regride.

É normal ter corrimento na gravidez?

Durante a gravidez ocorrem muitas mudanças no corpo da mulher, seus níveis hormonais se elevam, o crescimento da barriga exige que muitos órgãos tenham que se ajustar à diminuição do espaço, podem surgir manchas de pele, etc. Infelizmente nem tudo é mágico durante este período em que seu bebê se prepara para vir ao mundo. Entre as mudanças, um fator importante é que a temperatura corporal da gestante aumenta e por essa razão, fungos e bactérias encontram um ambiente mais propício para seu desenvolvimento, fazendo com que seja normal ter corrimento durante a gravidez.

O corrimento que ocorre com mais frequência é aquele esbranquiçado provocado pela Candidíase, uma infecção vaginal bastante comum. Estima-se que cerca de 75% das mulheres terão ao menos um episódio de candidíase ao longo da sua vida. Durante a gravidez, as chances serão ainda maiores.

O que é a candidíase?

Candidíase é uma infecção provocada pelo fungo Candida, geralmente da espécie Albicans, que habita naturalmente a flora vaginal e também pode existir na boca e aparelho digestivo sem causar problemas. Porém, desequilíbrios na flora vaginal ou baixa imunidade provocam que o fungo ganhe força para multiplicar-se e provocar os sintomas da infecção.

Além da gravidez ser um fator de risco para a candidíase, o uso de antibióticos e a diabetes também aumentam as chances dessa infecção.

Sintomas da candidíase

- Corrimento esbranquiçado

- Coceira

- Ardores na região da vulva

- Coloração vermelha na vagina

Dicas para evitar o corrimento durante a gravidez

Para evitar o corrimento, as principais medidas têm como objetivo evitar o calor em excesso e procurar fortalecer o equilíbrio imunológico, para manter pH vaginal equilibrado.

- Evite roupas muito apertadas que podem aumentar ainda mais a temperatura corporal.

- Utilize calcinhas de algodão, pois as calcinhas de lycra ajudam a aumentar o calor na região.

- Alimente-se bem, comendo muitas frutas para ajudar a fortalecer a imunidade.

- Na praia ou na piscina, evite permanecer muito tempo com o biquíni molhado, pois a humidade é o ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias.

- Evite sabonetes alcalinos e duchas internas em excesso para não provocar alterações no pH natural da região.

Tratamento do corrimento

O diagnóstico e tratamento do corrimento provocado pela candidíase é bastante simples. Por isso, ao identificar o corrimento, consulte seu ginecologista para curar a infecção e eliminar os sintomas o mais rápido possível.

Tireoide e gravidez: Qual é a relação?

Os problemas na tireoide têm uma relação direta com a fertilidade da mulher, já que os hormônios tireoideanos (HT) estão relacionados com o funcionamento do ovário. Durante a gestação, o hipotireoidismo materno pode também provocar problemas tais como o descolamento da placenta ou falhas no desenvolvimento cognitivo do feto. Por isso, é importante consultar um endocrinologista nos primeiros sinais de alterações na tireoide, que vai te ajudar a identificar o problema, além de explicar um pouco mais sobre sua relação com a gravidez.

Posso engravidar se tenho problema de tireoide?

O hipertireoidismo se não for tratado pode impedir a ovulação ou ser responsável por abortamentos. Mulheres com hipertireoidismo devem fazer o planejamento e acompanhamento da gravidez com o apoio de um endocrinologista.

Assim como no hipertireoidismo, no hipotireoidismo pode ocorrer uma disfunção na ovulação da mulher. Isto ocorre devido ao papel que os hormônios da tireoide exercem na sinergia com os demais hormônios da fertilidade afetando o correto desenvolvimento dos folículos que irão liberar os óvulos que serão posteriormente fecundados.

Como identificar os sintomas da tireoide?

O primeiro passo para identificar os sintomas da tireoide é saber que a glândula endócrina responsável pela produção do hormônio da tireoide está localizada na região frontal do pescoço e pode sofrer alterações quanto ao seu tamanho, consistência ou presença de nódulos. O segundo passo, é saber que as disfunções de tireoide existentes são: relacionadas à redução dos níveis do hormônio da tireoide (hipotireoidismo) ou ao excesso dos níveis do hormônio da tireoide (hipertireoidismo).

s primeiros sintomas da disfunção da tireoide podem ser identificados a partir de dores no local onde está localizada a glândula. Portanto, caso tenha dores ou perceba a presença de caroços é preciso descartar o risco de problemas. Alterações no humor, do ritmo do sono, palpitações e aumento da pressão também são outros sintomas.

- Sintomas do hipertireoidismo: dificuldade de concentrar-se, aumento do apetite com dificuldade de ganhar peso, além de agitação e nervosismo podem ser sintomas do hipotireoidismo.

- Sintomas do hipertireoidismo: perda de memória, cansaço, além de irregularidades no ciclo menstrual e facilidade para engordar são alguns dos sintomas do hipotireoidismo, assim como queda do cabelo e pele seca.

Relação das doenças gengivais aos nascimentos de bebês prematuros:

ada vez mais existem trabalhos científicos relacionando as doenças gengivais aos nascimentos de bebês prematuros ou com peso abaixo do normal.

Isso ocorre porque com a inflamação, existe o aumento dos níveis de moléculas inflamatórias e alguns hormônios na corrente sanguínea, que estimulam a contração uterina.

Se a doença gengival piorar durante a gestação, as chances de parto prematuro aumentam.

Por que existe maior predisposição à doença periodontal durante a gravidez?

Os níveis hormonais aumentam, o que causa maior sensibilidade dos tecidos gengivais às substancias irritantes, como é o caso do biofilme dental e substâncias produzidas pelas bactérias.

Quais doenças bucais devo me preocupar durante a gravidez?

Devido às náuseas, as gravidas tendem a pecar na higiene bucal, o que favorece o acúmulo de biofilme dental e consequentemente o surgimento da gengivite (inflamação das gengivas).

Também pode ocorrer um aumento das cáries devido à higienização ou até mesmo à alimentação.

Como evitar essas doenças durante a gravidez?

A melhor forma de evitar uma doença é manter uma boa higiene bucal e também a prevenção.

Se você está planejando engravidar, procure um dentista para realizar os tratamentos necessários e iniciar a prevenção.

Se você estiver grávida e desconfia de algum problema, não se preocupe, você pode realizar qualquer tipo de tratamento e com segurança, basta ficar atenta aos períodos de maior conforto para marcar suas consultas.

Em uma gravidez normal, o segundo trimestre é o melhor momento para suas consultas, pois grávidas no primeiro trimestre apresentam mais náuseas, e no terceiro trimestre, a barriga pode causar um pequeno desconforto ao deitar na cadeira odontológica, mas isso não impede que seja realizado o atendimento.

O importante é informar seu dentista sobre a gravidez e qualquer tensão que estiver sofrendo, assim ele poderá planejar seu atendimento e tratamento.

Vômito em excesso na gravidez pode ser Hiperêmese Gravídica

Hiperêmese Gravídica (HG) significa, literalmente, vômito em excesso na gravidez e afeta cerca de 1,5% das gestantes especialmente nos três primeiros meses de gestação. As náuseas e vômitos (êmese) são comuns para cerca de 75% das gestantes durante o primeiro trimestre de gravidez, e na grande maioria dos casos elas são transitórias e não afetam o peso, hidratação ou qualidade de vida da gestante, o que não caracteriza a Hiperêmese Gravídica.
Só é considerado HG quando as náuseas e vômitos são intensos e a gestante chega a perder entre 5% e 10% do seu peso, podendo até chegar em caso de desidratação devido aos vômitos frequentes. Outro fator da HG é quando esse mau estar afeta a qualidade de vida da gestante impedindo que ela realize suas atividades cotidianas.
A Hiperêmese Gravídica é a principal causa de internação de gestantes nos primeiros meses de gravidez por causa da desidratação, porém em geral não há consequências negativas para o andamento da gestação, mamãe ou bebê.

Quais os principais sintomas da Hiperêmese Gravídica?

- vomitar várias vezes ao dia, inclusive quando ingere líquidos;
- presença de bile no vômito;
- boca seca;
- emagrecimento;
- sensação constante de mal-estar;
- dificuldade para executar suas tarefas do dia a dia;
- fadiga física e emocional;
- confusão mental;
- medicamentos para alívio dos sintomas não faz efeito .
* Só tome medicamento prescrito pelo seu médico obstetra

Se você estiver com alguns dos sintomas acima fale com seu médico. Mesmo que você não esteja com HG ele poderá lhe ajudar a melhorar a qualidade de vida durante a gestação. Caso você realmente esteja com HG o tratamento precoce evita o agravamento do quadro.

Como é diagnosticada a Hiperêmese Gravídica?

Antes do diagnóstico é importante descartar outros males que podem causar sintomas similares, tais como infecções urinárias, apendicite, problemas na vesícula, entre outras.
Quando o quadro é acompanhado de febre ou mesmo de dor, é um forte indício de outra causa como úlcera ou até diabetes.
Também é realizado exames de urina e de sangue para verificar se há carência de minerais e vitaminas como sódio e potássio devido aos vômitos excessivos.

Quais as causas da Hiperêmese Gravídica?

Não existe uma única causa que seja reconhecida como absoluta, porém uma série de fatores podem favorecer o aparecimento da HG em algumas gestantes:
- mulheres com histórico de depressão
- gravidez indesejada
- altos níveis do hormônio HCG
- já ter sofrido de HG em outra gestação
- ter familiares próximos (mãe ou irmã) que tenha sofrido de HG
- ter problemas de tireoide ou fígado
- deficiência de vitamina B6
- enjoar com facilidade quando anda de carro, avião ou barco.

Como tratar a Hiperêmese Gravídica?

O primeiro passo sempre é procurar pelo seu médico para lhe ajudar a amenizar os sintomas e prevenir complicações. Ele poderá lhe receitar alguns medicamento como antialérgicos ou esteroides.
Para casos mais graves somente com internação poderá ser ministrados outros medicamentos para cessar os vômitos.
Os medicamentos em forma de supositórios, injetáveis ou que dissolvem na boca são os mais eficazes, pois comprimidos podem ser eliminados através do vômito antes de serem absorvidos pelo organismo.
Durante a internação também pode ser necessário um soro intravenoso para reidratar a gestante.
O tempo de internação varia a cada caso, podendo se estender a alguns dias ou mesmo mais de uma visita ao hospital.

Algumas formas caseiras de amenizar os sintomas da HG:

Existem algumas soluções caseiras e que não trazem risco para você e que podem lhe ajudar a passar por essa fase difícil:
- tomar sempre líquidos para se manter hidratada. Se não conseguir segurar o líquido no estômago tente picolés de frutas, água bem gelada ou cubos de gelo.
- chá de gengibre ou de limão aliviam os sintomas em alguns casos, mas devem ser tomados com moderação para não provocar ainda mais vômitos.
- respeite seu faro e instinto, ou seja, fique longe dos cheiros que podem lhe trazer desconforto, até mesmo daqueles que você desconfia que pode lhe fazer mal.
- evite locais com odores fortes, como cozinha, postos de gasolina e restaurantes. Se você utiliza aqueles odorizadores de banheiro ou ambiente é melhor guardá-los por um tempo.
- coma os alimentos que conseguir, mesmo que não seja aquela opção mais saudável do mundo, preocupe-se com a dieta quando se sentir melhor.
- se estiver sentindo fraqueza é melhor descansar, mesmo que isso signifique tirar licença médica e não comparecer ao seu trabalho.

Não se sinta culpada se você estiver com Hiperêmese Gravídica, lembre-se que não é culpa sua nem de ninguém. Procure apoio dos familiares e amigos e não se esqueça que isso é temporário, logo você estará se sentindo ótima e pronta para cuidar do seu bebê.
Quanto mais cedo ela for diagnosticada e iniciado o tratamento, melhor para a mamãe e bebê. Na grande maioria dos casos a Hiperêmese Gravídica começa a melhorar por volta da 16ª semana de gestação e desaparece até a 20ª semana, porém em alguns raros casos ela persiste até o final da gestação.

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